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Guerra entre os conselheiros da Petrobras gera nova turbulência na disputa pela presidência da estatal
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Presidente da Petrobras é bombardeado por ala do governo e conselheiros erram em guerra.
- Por Camilla Ribeiro
- 07/04/2024 16h26 - Atualizado há 6 meses
Neste domingo (7), conselheiros da estatal entraram em guerra e geraram nova turbulência na disputa pelo comando da empresa.
Isso acontece em um cenário no qual o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é bombardeado por uma ala do governo Lula.
Enquanto conselheiros minoritários estão falando em decisões políticas, os conselheiros do governo estão defendendo seus votos no Conselho de Administração da estatal.
Após entrevista do conselheiro Marcelo Gasparino, na qual foi questionado lsobre uma atuação política de conselheiros que representam o governo, Gasparino e o presidente do Conselho de Administração, Pietro Mendes, trocaram mensagens ríspidas.
Dentro da Estatal Gasparino representa acionistas minoritários da empresa. Já Pietro foi indicado pelo governo.
Em mensagem de Pietro a Gasparino ele disse que o mesmo fez "acusação grave aos conselheiros indicados pela União".
O presidente do conselho solicitou esclarecimentos a Gasparino, entre os quais, que apontasse quais deliberações "foram tomadas com intuito de prejudicar a Petrobras para atender a interesses políticos?". Pietro pediu também que Gasparino apresentasse provas do que disse ao jornal.
Em resposta Gasparino disse que, como as mensagens foram direcionadas a ele, solicitaria que a Comissão de Valores Mobiliários "seja acionada imediatamente pela companhia para apurar eventuais condutas deste conselheiro".
De acordo com a mensagem de Gasparino, essa é a forma acertada, dado que o presidente do Conselho de Administração afirmou "não ter medo de CVM e de TCU", acrescentando que ele tem medo, como também da SEC, a CVM dos Estados Unidos.
Em resposta, Pietro disse que Gasparino "não determina a sua tomada de decisão e que não é capaz de "apresentar nenhuma prova" do alegado por ele, acrescentando: Acusação sem provas?".
Os dois lados da disputa prometeram tomar providências. Como presidente do Conselho de Administração, Pietro pediu uma apuração no comitê de auditoria estatutária da estatal sobre o que ele classifica de acusações sem provas de que conselheiros do governo tomam decisões políticas e não em defesa dos interesses da Petrobras.
Pietro disse em entrevista que esse será o caminho para definir as responsabilidades dentro da empresa, e que o conselheiro Gasparino precisa dizer quais conselheiros estariam adotando decisões políticas e quais as provas para isso.
Gasparino falou que vai esperar que a estatal acione a CVM e que ele mesmo deve adotar essa providência, para que fique esclarecido o que está acontecendo dentro da empresa.
Nesse cenário está acontecendo uma guerra de alguns ministros do governo Lula contra o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, por causa de investimentos em energias renováveis.
Depois de ser criticado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Jean Paul solicitou uma agenda com o presidente Lula para prestar esclarecimentos e questionar sobre qual posição deve adotar.
Diante desse cenário de guerra pública entre Silveira, que tem o apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e Jean Paulo Prates, Lula chegou a sondar o presidente do BNDES, Aloizio Mercante, para a possibilidade de comandar da Petrobras em caso da saída de Prates da empresa.
Uma das negociações apontava para um meio termo, com Mercadante sendo indicado para presidir o Conselho de Administração da Petrobras. E, neste caso, Jean Paul seguiria na presidência da empresa.